Alguém passou...


Alguém passou... passou por essa armadura que eu criei para me proteger, pelo menos a principio era esse o objetivo, depois isso mudou e começou a me machucar, eu comecei a me machucar; mas alguém transpôs essa barreira. Foi um momento, um beijo, nada, além disso, sem promessas e nem nada do tipo.
E só que eu imaginava que isso não fosse mais acontecer, e aconteceu. Ele não era um super-homem, nem teve que fazer nada extraordinário, ele só sabia, e não sei explicar como, ele simplesmente soube fazê-lo com tal delicadeza, e eu soube ali que não era preciso mais do que isso para me desarmar, sutileza.
Ele só soube como me olhar, como chegar ate mim sem me assustar e chegou, chegou devagar e paciente, não que tenha levado muito tempo, ele não precisou de tempo, mas soube usa-loa seu favor, ou ao meu... Aquele beijo foi bom; não sei se ele volta, não sei se acontecerá de novo e sinceramente isso não está me deixando louca como aconteceria antes, só me deixou bem.
E se ele não voltar tudo bem, ele me deu o que eu precisava, me fez sentir desejada e mulher, sem ao menos  tocar-me, só me beijou, mas aquele momento foi único, singular, e se eu não vê-lo mais estou feliz ainda, ele não me prometeu e não cobrei isso nem de mim mesma, nem agi como se fosse isso que eu queria, apenas deixei-o livre, vivi o momento que eu tive com ele.
Paro agora e começo a achar que ele não vai mesmo voltar, mas ele me deu algo que nem sei se tem conhecimento, às vezes é bom sentir que o amor ainda é possível, talvez seja ele, talvez não seja, mas o que importa é que eu sei que existe como chegar perto, se aproximar de mim, e não precisam de super poderes, nada disso, só precisa ser natural.
Se ele voltasse eu gostaria de dizer a ele o quão bem ele me fez, mas assim eu pareceria neurótica, então eu apenas sorriria pra ele e me sentiria feliz de vê-lo de novo, ele me viu, e viu como eu queria que visse como eu sou.
O momento passou a leveza dele não, e nem vai passar. E que agora de alguma forma eu me sinto mais livre, mais entregue, mais confiante no que sou e no que posso oferecer, é só saber como pedir, sem palavras, sem promessas, delicada e naturalmente. No fim a certeza maior de que sutileza é a maior arma de sedução de que eu já tive conhecimento, o resto acontece, ou às vezes não, possibilidades sem medo, sem mágoa.
PS: Ele voltou

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