E meio frustrante, mas percebi que ao longo da minha vida eu fiz tanta coisa e vivi tanta coisa que me ensinaram e me fizeram crescer ainda que eu tenha demorado muito tempo para perceber o que eu realmente estive procurando nesse tempo, pode parecer óbvio, mas só agora me dei conta de que eu procurei o amor. Sim, eu o procurei de todas as formas que eu imaginei que fossem possíveis para mim.
Não que eu me arrependa, haja vista que eu talvez nunca entendesse o que entendo agora. Eu amei, de formas diferentes e achei que tivesse sido amada e não fui. Não que eu queira agora bancar a vítima dos fatos, talvez a maior parcela de culpa seja mesmo minha, porque eu quis tanto ser amada da mesma forma que talvez tenha cobrado demais de quem não podia me oferecer.
Talvez eu devesse me conformar com isso, aceitar que minha vida não é assim reveladora, inesperada como eu queria que fosse, sempre sonhando que o amor aconteceria para mim, mas ele aconteceu só “de mim” e eu apostei alto demais no amor de outra pessoa que no fundo eu sabia que não me amava. Não como eu queria, ou precisava.
Quem sabe o amor vá acontecer um dia para mim, ou não. O que penso é só fazer tudo de forma metódica e planejada e deixar isso de lado, esquecer; e então se acontecer será inesperado.
Em uma ou outra pessoa eu posso ter despertado uma paixão louca, desejo de estar perto ou algo bem clichê assim, mas amor não, o que sempre quiseram de mim foi pouco e o erro foi meu porque me entreguei demais, quis demais, amei demais e isso afastou as pessoas de mim, não os culpo, afinal, toda forma de amor vale a pena, já dizia o poeta.
Eu acho que essa frase se aplica a mim com uma diferença; toda forma de amor vale a pena desde que seja amor de verdade. Nesse caso acho que a frase perfeita seria a famosa do soneto de Vinicius de Moraes: “Que seja eterno enquanto dure, posto que é chama.”